Prisões de Guilherme Boulos: de suposta incitação à violência a suposto dano ao patrimônio público
De modo geral, as ocasiões de cada prisão estiveram sempre relacionadas ao seu ativismo. Em 2017, por exemplo, ele foi detido durante uma reintegração de posse em São Paulo, acusado de desobediência civil e incitação à violência. Em outra ocasião, em 2018, Boulos foi preso por bloquear uma via pública durante um protesto.
Vale destacar que não há registro de condenações criminais em nenhum dos casos aqui comentados, motivo pelo qual legalmente é presumida a inocência do político. As prisões ocorridas na época decorreram exclusivamente de procedimentos de praxe após a autoridade policial ter entendido inicialmente que Boulos estava em flagrante delito. Mais tarde, contudo, seja por falta de provas ou outros motivos, todos os casos foram encerrados sem qualquer condenação.
Momento da prisão de Guilherme Boulos em 2012.
Processo prescrito após 6 anos sem encontrar uma conhecida figura pública.
Um caso que ganhou destaque envolve um processo criminal de 2015, que foi extinto em 2021 por ser reconhecida a prescrição da ação penal após 6 anos sem localizar Boulos para notificá-lo dentro do processo. Nesse processo, Guilherme Boulos foi acusado de dano ao patrimônio público, novamente no contexto de um protesto.
Na ocasião da decretação da prescrição, o promotor do caso declarou o seguinte: "melancolicamente se trabalhou pela confecção da Justiça, mas o criminoso conseguiu fugir por manobra jurídica".
A defesa, entretanto, alega que houve sucessivas falhas da própria promotoria no decorrer do processo, o que inclusive prejudicou o acusado em sua chance de defesa.